segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Marketing Viral, uma febre.

Se aproveitando das facilidades da internet e da acessibilidade gigantesca que difusores como por exemplo o YouTube possuem, o marketing viral é uma alternativa simples, barata (de graça!), e extremamente eficiente.
Você já se imaginou esperando pelos comerciais enquanto assiste a um filme? Pois é.
O viral inverte a tradicional direção da propaganda, uma vez que é o espectador quem acaba procurando pelo 'anúncio', e não o contrário.

Imagine: o Financial Times publicou até uma relação com os 5 vídeos virais (com presença de marca) mais assistidos em 2007. A contagem foi feita apenas no Youtube.

# Cadbury - Gorilla Drummer com 5 milhões de views + várias “user generated versions” - lançado online em agosto/2007 - agência: Fallon.

# Smirnoff - Green Tea Partay com 3.4 milhões de views - lançado online em agosto/2007 - agência: JWT, New York.

# Ray-Ban - Catch Sunglasses com 3.2 milhões de views + “user generated content” - lançado online em maio - agência: Cutwater.

# Blendtec - Will it Blend? iPhone com 2.7 milhões de views (apenas a versão do iphone, pois os virais Will it blend? passaram dos 20 milhões desde novembro/2006) - lançado online em julho/2007 - agência: produção própria.

# Lynx/Axe – Bom chicka wah wah com 2.6 milhões de views - lançado online em maio/2007 - agência: BBH, Copenhagen.

Mas o que vem para o bem, também vem para o mal. Foi o que aconteceu quando a Net (é, a empresa de TV a cabo) resolveu limitar a banda dos seus clientes. Não demorou muito para estar no ar um viral indignado, feito por clientes insatisfeitos, com uma redublagem de um comercial do Boris Skavurska. Infelizmente o vídeo não está mais disponível (porque será?), portanto, fica a lembrança. E a dica, também.

Fonte: .P

TV Digital - um novo formato para a propaganda.

Com a adesão da TV digital, uma das únicas certezas que podemos ter, é que: ou a propaganda convence e interessa, ou morre. Vai ser preciso um esforço descomunal de todos os segmentos envolvidos para que, ao invés de simplesmente passar adiante as propagandas com um simples botão, as pessoas de fato assistam à propaganda com o mesmo interesse que escolhem seus programas favoritos. Outra certeza que podemos ter, é que a criatividade para criar propagandas inovadoras e reciclar os tipos já existentes - como o merchandising - será fundamental para a sobrevivência da mídia.

Falando em merchandising, provavelmente essa seja uma válvula de escape para a publicidade num futuro recente. As pessoas não param em frente à TV para ver propaganda, na TV analógica elas ainda assistem - ou melhor: aguentam o "brake" - mas a TV digital, trazendo a tecnologia de pausar e passar para frente o conteúdo (/FF>>), vai fazer com que a vida de horários comerciais fique sem espectadores. O merchandising, que já é visto escrachadamente em novelas, programas e filmes, é uma saída para a publicidade do meio televisivo. Se for feito de uma maneira sutil, sem chamar a atenção de forma grotesca, e consiguir passar a mensagem, fica perfeito. Não sei se a publicidade na TV como conhecemos hoje vai acabar, mas que tem que ser mudada e repensada tem. Uma das formas de propaganda eficiente são as chamadas "virais", com baixo custo (pelo fato de serem postadas no yotube, por exemplo) e alto alcance (as pessoas vão literalmente atrás delas!), e talvez seja nesse formato que a publicidade tradicional deva buscar inspiração.

Mas tanto se fala sobre a TV Digital nos últimos tempos, e afinal, o que seria essa nova tecnologia e o que ela representa para nós? Bom, para início de discussão, essa não é uma novidade tão recente assim: tudo começou em 1970, quando uma rede de TV pública do Japão - Nippon Hoso Kyokai (NHK) - juntamente com um consórcio de 100 estações comerciais, deram total liberdade aos cientistas da "NHK Science & Technical Research Laboratories" para desenvolver uma TV de alta definição, que seria chamada de HDTV. Para se ter uma idéia: desde a década de 1981 os japoneses já contavam com uma hora de HDTV digital ao dia, o que era a fase inicial da tecnologia de hoje. Esse serviço foi lançado oficialmente em 1 de dezembro de 2000 e hoje já é recebido por mais de 14 milhões de aparelhos, valor que corresponde a um terço dos domicílios do Japão.

Trocando em miúdos, tudo consiste em comprimir os dados de uma forma diferente (e bem mais eficaz), deixando os meios radiodifusores com aspecto bem mais próximo da realidade. De um modo geral, entre as décadas de 80 e 90, tanto europeus quanto norte-americanos também entraram nesse mercado, muitas vezes juntando esforços para viabilizar o funcionamento dessa novidade que hoje é mundial. Com a implantação da TV digital - não só - os telespectadores ganham muito: seja na qualidade da imagem e do som ou na recepção (que praticamente acaba com problemas de transmissão), seja na acessibilidade e interatividade que a tecnologia proporciona. Todas essas melhorias, obviamente, vão acentuar ainda mais os efeitos de qualquer propaganda em meio televisivo, atingindo de uma maneira bem mais eficaz qualquer consumidor em potencial e aumentando a demanda por propagandas que consigam se aproveitar desse quadro.

Na atual conjuntura, a TV digital consegue dobrar a qualidade da imagem, quando compararada à qualidade das TV's analógicas, pois proporciona um novo formato para a imagem. Além disso, tem a capacidade de aumentar o número de canais de som, que ao invés de mono (1 canal) ou stereo (2 canais - esquerdo e direito), passa a ser de 6 canais (como Home Theaters). Alguém aí consegue imaginar o impacto que a propaganda pode ganhar com tamanha realidade? Como se não bastasse, acabam os problemas de "fantasmas", e também de ruídos e interferências no som. Já a interatividade e acessibilidade, possibilitam que o usuário interaja com o conteúdo que recebe, podendo escolher em que momento assiste à cada coisa, graças ao armazenamento de informações. Logo, a propaganda de qualidade vai ser cada vez mais valorizada, uma vez que poderá ser assistida em vários momentos diferentes, independente do horário comprado pelo veiculador.

É matar, ou morrer. E o gatilho é o mesmo.

Mídia Indoor

Se tem uma coisa que pode até ter começado parecendo piada, mas que a cada dia conquista mais e mais clientes, é a mídia de banheiro e suas variações. A veiculação de propagandas em banheiros se mostra uma das mais eficientes do segmento indoor. Para um lugar onde se tenha a certeza do público-alvo, a campanha pode ser altamente seletiva, sem no entanto, deixar de atingir todos que vão assisti-la. É matar vários concorrentes com uma descarga só.
E acredite, esse tipo de mídia é menos recente do que se pensa.
Observe a campanha ganhadora do 1º Concurso New Ad de Criação Publicitária para Banheiro na Categoria Profissionais, promovido pela canadense New Ad, em 2006:


(Criada por Daniel Poletti, da Fischer América, para a Panasonic)

Aqui, um exemplo do direcionamento que pode ser dado em uma campanha veiculada em um meio como esse:




O melhor de tudo, é a combinação entre tempo de atenção do cliente, a quase inexistência de dispersão, e valor. Eficiente e interessante.

Por último, uma propaganda indoor para banheiro diferenciada, que se aproveita do momento em que o papel acaba, para reter a atenção do cliente em seus serviços de entrega:



diz assim: "Nós entregamos rápido. Veloblitz. Os mais rápidos entregadores ciclistas de Zurich"

Não-Mídias

Andei pesquisando por aí o que seriam as tão comentadas 'não-mídias', e percebi que esse assunto está tão bem cotado ultimamente, como também polêmico.
Uns, afirmam que por possuir a palavra "mídia", a expressão não deveria designar maneiras - mesmo que sejam inusitadas e diferentes - de algum produto ou mensagem chegar ao público. Outros, porém, acreditam sim que "não-mídia" é uma expressão correta, mas só leva essa negação por trabalhar com conceitos totalmente fora dos padrões existentes. Mas aí, depende do gosto de cada um.

Deixando designações de lado, o que vale mesmo a pena ver, são os resultados dessa revolução toda. Como, por exemplo, essa campanha em que a rede NH Hotéis demonstra ao consumidor sua variedade de opções em lazer. A escolha da frase: “Onde você gostaria de Estar?” e da plataforma de divulgação da campanha, combinados, não poderiam ter sido melhores.
Acompanhe:





Gum Election - Sobre a arte de guerrilha

Tá aí uma coisa que muito me impressionou nos últimos tempos, em matéria de "atitudes de guerrilha": a disseminação de cartazes que ocorreu nos EUA e seus estados. A grande sacada se chama 'gum election', e funcionava da seguinte forma: as pessoas, ao invés de jogarem seus chicletes mascados na rua, podiam colocá-los nos cartazes, assinalando o candidato que menos lhe agradava. Assim, evitou-se a sujeira e os incômodos que chicletes mascados causam nas cidades, e ao mesmo tempo a população se envolvia com a eleição de algum modo, muitas vezes criando vontade de votar. O mais interessante é a forma de divulgação usada.
Tv?Radio?Outdoors?

Não.

Um BLOG. Isso mesmo. E foi desse modo que o movimento se espalhou e chegou à Europa, à Austrália, e quem diria, ao Brasil (segue foto, tirada em São Paulo). Quem baixasse o poster, afixasse em algum lugar na sua cidade e depois tirasse uma boa foto dele, podia ter sua foto publicada no blog.



Para saber mais, confira o blog da campanha.